A Rizotomia é frequentemente realizada em casos de dor crônica que não responderam a outros tratamentos conservadores, como medicamentos analgésicos, fisioterapia ou injeções de corticosteroides. É mais comumente usada para tratar a dor relacionada à coluna vertebral, como a dor lombar ou cervical, mas também pode ser utilizada para tratar outras condições dolorosas, como neuralgia do trigêmeo. Saiba mais a seguir!

O que é Rizotomia?

A rizotomia é um procedimento médico no qual os nervos que transmitem sinais de dor são interrompidos ou danificados intencionalmente para aliviar a dor crônica. O termo “rizotomia” vem da junção das palavras “rizo”, que se refere à raiz do nervo, e “tomia”, que significa corte ou incisão.

Existem diferentes técnicas de rizotomia, mas uma das mais comuns é a rizotomia por radiofrequência. Nesse procedimento, um eletrodo é inserido próximo ao nervo responsável pela dor crônica. A radiofrequência é então aplicada, aquecendo o eletrodo e danificando seletivamente as fibras nervosas, interrompendo a transmissão dos sinais de dor.

É importante ressaltar que a rizotomia é um procedimento invasivo e irreversível, e seus benefícios e riscos devem ser cuidadosamente considerados antes de ser realizada. É geralmente recomendada após uma avaliação completa do paciente e discussão detalhada entre o paciente e o médico especialista em dor.

Quais são as indicações da Rizotomia?

A rizotomia é geralmente indicada para o tratamento da dor crônica que não responde a outras formas de tratamento mais conservadoras. As principais indicações da rizotomia incluem:

  1. Dor nas costas (dor lombar): A rizotomia pode ser realizada para tratar a dor crônica nas costas que é causada por condições como hérnia de disco, espondilose ou espondilolistese.
  2. Dor no pescoço (dor cervical): A rizotomia pode ser usada para tratar a dor crônica no pescoço que é causada por condições como osteoartrite cervical, hérnia de disco cervical ou estenose do canal vertebral.
  3. Neuralgia do trigêmeo: A rizotomia pode ser uma opção de tratamento para a neuralgia do trigêmeo, uma condição caracterizada por dor facial intensa e lancinante.
  4. Dor nas articulações facetárias: A rizotomia facetária é realizada para tratar a dor crônica nas articulações facetárias da coluna vertebral, que são pequenas articulações entre as vértebras.
  5. Síndrome pós-laminectomia: Em alguns casos, a rizotomia pode ser recomendada para tratar a dor crônica que persiste após uma cirurgia de descompressão da coluna vertebral (laminectomia).

 

É importante ressaltar que a rizotomia não é uma opção de tratamento adequada para todos os tipos de dor crônica. A decisão de realizar uma rizotomia deve ser tomada em conjunto com um médico especialista em dor, considerando cuidadosamente os benefícios potenciais, os riscos envolvidos e a avaliação completa do paciente.

Como a Rizotomia é realizada?

A RIZOTOMIA é um procedimento médico que geralmente é realizado em ambiente hospitalar ou ambulatorial, sob anestesia local ou geral, dependendo da preferência do paciente e do médico. O procedimento é realizado da seguinte forma:

  1. Posicionamento: O paciente é posicionado de maneira adequada para permitir o acesso à área a ser tratada. Isso pode envolver deitar-se de bruços ou sentar-se, dependendo da região da coluna a ser tratada.
  2. Limpeza e assepsia: A área da pele onde será realizado o procedimento é limpa e esterilizada para reduzir o risco de infecção.
  3. Anestesia: Um anestésico local é injetado na pele e nos tecidos ao redor do local do procedimento para entorpecer a área e reduzir qualquer desconforto durante a rizotomia. Em alguns casos, a anestesia geral pode ser usada, especialmente se a rizotomia for realizada em várias áreas da coluna vertebral.
  4. Acesso ao nervo: Usando orientação por imagem, como fluoroscopia (raios-X em tempo real) ou ultrassom, um pequeno cateter ou agulha é guiado até o nervo específico que será tratado. Isso é feito para garantir a precisão durante o procedimento.
  5. Lesão do nervo: Uma variedade de técnicas pode ser usada para lesar ou danificar seletivamente o nervo, interrompendo sua capacidade de transmitir sinais de dor. Alguns métodos comuns incluem a aplicação de radiofrequência (rizotomia por radiofrequência), uso de laser, criocirurgia (congelamento) ou injeção de substâncias químicas.
  6. Monitoramento e confirmação: Durante o procedimento, o médico pode solicitar que o paciente relate qualquer sensação, como formigamento ou calor, para confirmar a localização correta do nervo a ser tratado.
  7. Finalização do procedimento: Após o término do procedimento, o cateter ou agulha é removido e um curativo estéril é aplicado no local da inserção.

Após o procedimento, o paciente pode ser monitorado por um curto período de tempo para garantir que não ocorram complicações imediatas. O tempo de recuperação pode variar de acordo com o paciente e a extensão do procedimento. O médico fornecerá orientações específicas sobre os cuidados pós-procedimento, medicação para controle da dor e possíveis restrições de atividades.

É importante ressaltar que o procedimento de rizotomia deve ser realizado por um médico especialista em dor ou um profissional de saúde qualificado e experiente nesse tipo de intervenção.

Como é a recuperação da Rizotomia?

A recuperação da rizotomia pode variar de pessoa para pessoa e depende de vários fatores, incluindo a extensão do procedimento, a área tratada, a saúde geral do paciente e a capacidade de resposta individual ao tratamento. No entanto, aqui estão algumas informações gerais sobre a recuperação após uma rizotomia:

  1. Dor e desconforto: Após a rizotomia, é comum sentir algum desconforto na área tratada. O médico pode prescrever analgésicos ou recomendar o uso de compressas frias para ajudar a aliviar a dor. É importante seguir as instruções do médico sobre o uso de medicamentos para dor e evitar atividades que possam causar dor ou piorar a condição.
  2. Repouso e limitações de atividades: Durante os primeiros dias após a rizotomia, é recomendado descansar e evitar atividades extenuantes. O médico pode fornecer orientações específicas sobre o repouso adequado e as atividades que devem ser evitadas durante o período de recuperação.
  3. Retorno gradual às atividades: Conforme a recuperação avança, o médico pode orientar o paciente a retomar gradualmente as atividades diárias normais. É importante seguir as orientações do médico sobre o retorno às atividades físicas, trabalho e outras tarefas, a fim de evitar complicações ou lesões adicionais.
  4. Acompanhamento médico: É provável que seja necessário fazer consultas de acompanhamento com o médico para avaliar a eficácia do tratamento e monitorar a recuperação. Durante essas consultas, o médico poderá ajustar os medicamentos para dor, fazer recomendações adicionais de tratamento ou fornecer orientações sobre cuidados contínuos.

É importante lembrar que a recuperação da rizotomia pode levar tempo e que cada pessoa é única em sua resposta ao tratamento. Algumas pessoas podem experimentar alívio imediato da dor, enquanto outras podem precisar de um período mais longo para sentir os efeitos completos do procedimento. É essencial seguir todas as instruções do médico, comparecer às consultas de acompanhamento e comunicar qualquer preocupação ou sintoma novo que surja durante o processo de recuperação.

O Dr. Vítor Hugo Pereira é neurocirurgião especialista em Medicina da Dor e realiza a Rizotomia. Entre em contato e agende a sua consulta!

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