Como é o diagnóstico de Gliomas?
O diagnóstico de gliomas envolve uma combinação de avaliação clínica, exames de imagem e, em alguns casos, biópsia do tecido tumoral. Aqui estão os principais métodos utilizados no diagnóstico:
- Avaliação clínica: O médico realizará uma avaliação completa dos sintomas, histórico médico e familiar, além de um exame neurológico para identificar possíveis alterações neurológicas.
- Exames de imagem:
- Tomografia computadorizada (TC): Pode ajudar a identificar a presença de tumores e sua localização.
- Ressonância magnética (RM): É o exame mais comum para diagnóstico de gliomas. A RM fornece imagens detalhadas do cérebro e ajuda a determinar o tamanho, localização e características do tumor, sendo necessário o uso do contraste intravenoso que realça os tumores, tornando-os mais visíveis e visualizando algumas características como densidade e vascularização.
- Biópsia: A biópsia sempre é necessária para se definir o grau de malignidade e certas características dos gliomas. É importante para o diagnóstico diferencial de outras lesões semelhantes a gliomas nos exames de imagem. A biópsia pode ser realizada por um método convencional ou minimamente invasivo, através uma biópsia estereotáxica.
- Testes genéticos: Dependendo do tipo de glioma e da disponibilidade de testes genéticos, podem ser realizados testes para identificar mutações genéticas específicas associadas aos gliomas, como a presença de alterações no gene IDH1 ou IDH2, que vão definir progressão e auxiliar na escolha do melhor tratamento.
É importante ressaltar que o diagnóstico de glioma requer a avaliação de um médico especializado, geralmente um neurologista ou neurocirurgião, que interpretará os resultados dos exames e indicará o tratamento adequado com base no tipo, localização e estágio do tumor.
Como é o tratamento de Gliomas?
O tratamento de gliomas é individualizado e depende de vários fatores, como o tipo de glioma, sua localização, tamanho, grau de agressividade e a saúde geral do paciente. As opções de tratamento incluem:
- Cirurgia: A cirurgia é frequentemente realizada para remover o máximo possível do tumor. O objetivo é aliviar os sintomas, reduzir a pressão intracraniana e obter uma amostra de tecido para análise patológica. No entanto, a remoção completa nem sempre é possível, especialmente em tumores localizados em áreas delicadas do cérebro.
- Radioterapia / Radiocirurgia: Envolve o uso de radiação de alta energia para destruir as células tumorais e reduzir o crescimento do glioma. Pode ser administrada após a cirurgia para eliminar células tumorais remanescentes ou como tratamento primário em casos em que a cirurgia não é viável. A radioterapia também pode ser usada para aliviar os sintomas em estágios avançados do glioma.
- Quimioterapia: A quimioterapia utiliza medicamentos antineoplásicos para combater as células tumorais. Pode ser administrada por via oral ou intravenosa. A quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e/ou radioterapia, especialmente em gliomas de alto grau, como glioblastomas. Novas abordagens terapêuticas, como a quimioterapia intratecal, que é injetada diretamente no espaço ao redor do cérebro e medula espinhal, também estão sendo estudadas.
Além dessas opções, ensaios clínicos podem ser considerados para pacientes com gliomas avançados, buscando novas terapias e abordagens em desenvolvimento.
É fundamental que o tratamento seja discutido com uma equipe médica multidisciplinar especializada em oncologia e neurocirurgia, que levará em consideração o quadro clínico individual e as opções terapêuticas mais adequadas para cada paciente.
O Dr. Vítor Hugo Pereira é neurocirurgião e realiza o diagnóstico e tratamento de Gliomas. Entre em contato e agende a sua consulta!