Mitos e verdades sobre Distonias: desvendando a realidade

Postado em: 17/02/2025

As Distonias são condições neurológicas que afetam os movimentos musculares, resultando em contrações involuntárias e posturas anormais.

Mitos e Verdades Sobre Distonias_ Desvendando a Realidade

Embora seja um distúrbio relativamente comum, há muitas informações equivocadas que cercam o tema.

Neste artigo, vou desmistificar os principais mitos sobre as distonias, esclarecendo verdades importantes para ajudar pacientes, familiares e o público em geral a entender melhor essa condição.

Continue a leitura para saber mais!

O que são distonias?

As “Distonias“ são distúrbios do movimento caracterizados por contrações musculares sustentadas que causam movimentos repetitivos ou posturas anormais.

Elas podem afetar diferentes partes do corpo, como o pescoço (distonia cervical), os membros, o tronco ou até mesmo áreas específicas, como as pálpebras ou as cordas vocais.

Existem vários tipos de distonias, sendo classificadas como primárias, quando é de caráter genético e não há outras condições associadas, ou secundárias, quando são causadas por lesões cerebrais, medicamentos ou outras doenças neurológicas.

Mitos e verdades sobre as distonias

Mito: Distonias são raras e só afetam idosos

Verdade: Embora menos conhecidas do que outras condições neurológicas, como Parkinson, as distonias são relativamente comuns, afetando pessoas de todas as idades. A prevalência das distonias vai variar em relação às populações estudadas, tipos de distonia e faixas etárias.

Algumas formas, como a distonia focal, podem surgir na juventude ou até mesmo na infância.

Mito: Distonias são causadas exclusivamente por estresse

Verdade: Embora o estresse possa agravar os sintomas, ele não é a causa da distonia.

O distúrbio tem origem em alterações cerebrais, principalmente nos gânglios da base, que controlam os movimentos, podendo ser de causa genética ou adquirida após lesões do sistema nervoso central ou uso crônico de medicações.

Mito: Não há tratamento para distonias

Verdade: Apesar de ainda não haver cura definitiva, há tratamentos eficazes que ajudam a controlar os sintomas da distonia.

Medicamentos, fisioterapia, injeções de toxina botulínica e até mesmo procedimentos cirúrgicos como o implante do sistema de estimulação cerebral profunda (DBS) são opções disponíveis.

Mito: Distonias são sempre progressivas

Verdade: Nem todas as distonias se agravam com o tempo.

Algumas formas, como a distonia focal, podem permanecer estáveis por anos, enquanto outras podem ter uma progressão mais evidente.

Tratamentos disponíveis para distonias

Para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, é importante buscar um diagnóstico preciso e tratamento adequado. As opções incluem:

Medicamentos: Relaxantes musculares e anticolinérgicos ajudam a reduzir as contrações musculares.
Toxina botulínica: Injeções nos músculos afetados reduzem a excitação muscular, aliviando os sintomas por um período de cerca de 3 meses.
Estimulação cerebral profunda: Um procedimento cirúrgico que modula a atividade cerebral em áreas específicas, proporcionando alívio significativo em casos mais graves.
Fisioterapia e terapia ocupacional: Auxiliam na adaptação para atividades diárias.

A importância da conscientização

A desinformação sobre as distonias pode levar a diagnósticos tardios ou tratamentos inadequados, prejudicando ainda mais os pacientes.

Promover o conhecimento sobre a condição é essencial para garantir que as pessoas afetadas tenham acesso às opções mais avançadas de cuidado.

Além disso, é fundamental destacar o papel do suporte emocional e da rede de apoio para pacientes com distonias, incluindo os familiares.

A condição pode impactar não apenas a saúde física, mas também o bem-estar psicológico.

Grupos de apoio, terapia e acompanhamento psicológico são ferramentas muito interessantes para lidar com os desafios diários.

Agora você está mais informado sobre os mitos e verdades que cercam as distonias. Não deixe de buscar ajuda de um especialista se você tem essa condição ou se identificou com algum sintoma!

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Dr. Vítor Hugo Pereira
Neurocirurgião Funcional – Especialista em Dor
CRM-AL: 6520
RQE: 4539 / 4744