Existem diversos tipos de tumores que podem acometer o cérebrol. Os Gliomas são um exemplo de neoplasia  que pode ter potencial mais ou menos agressivo a depender de sua classificação. Saiba mais!

O que são Gliomas?

Gliomas são um tipo de tumor cerebral que se origina das células gliais, que são as células de suporte do sistema nervoso central. Os gliomas são classificados com base no tipo de célula glial envolvida e na agressividade do tumor. Os tipos mais comuns de gliomas são:

  1. Gliomas astrocíticos: Estes gliomas se originam dos astrócitos, que são células gliais com forma de estrela. Os glioblastomas multiformes, conhecidos como GBM, são o tipo mais agressivo de glioma astrocítico.
  2. Oligodendrogliomas: Esses gliomas se originam das células oligodendrogliais, que são responsáveis pela produção de uma substância chamada mielina, que isola os nervos e permite uma transmissão eficiente dos impulsos elétricos.

Como é o diagnóstico de Gliomas?

O diagnóstico de gliomas envolve uma combinação de avaliação clínica, exames de imagem e, em alguns casos, biópsia do tecido tumoral. Aqui estão os principais métodos utilizados no diagnóstico:

  1. Avaliação clínica: O médico realizará uma avaliação completa dos sintomas, histórico médico e familiar, além de um exame neurológico para identificar possíveis alterações neurológicas.
  2. Exames de imagem:
    • Tomografia computadorizada (TC): Pode ajudar a identificar a presença de tumores e sua localização.
    • Ressonância magnética (RM): É o exame mais comum para diagnóstico de gliomas. A RM fornece imagens detalhadas do cérebro e ajuda a determinar o tamanho, localização e características do tumor, sendo necessário o uso do contraste intravenoso que realça os tumores, tornando-os mais visíveis e visualizando algumas características como densidade e vascularização.
  3. Biópsia: A biópsia sempre é necessária para se definir o grau de malignidade e certas características dos gliomas. É importante para o diagnóstico diferencial de outras lesões semelhantes a gliomas nos exames de imagem. A biópsia pode ser realizada por um método convencional ou minimamente invasivo, através uma biópsia estereotáxica.
  4. Testes genéticos: Dependendo do tipo de glioma e da disponibilidade de testes genéticos, podem ser realizados testes para identificar mutações genéticas específicas associadas aos gliomas, como a presença de alterações no gene IDH1 ou IDH2, que vão definir progressão e auxiliar na escolha do melhor tratamento.

É importante ressaltar que o diagnóstico de glioma requer a avaliação de um médico especializado, geralmente um neurologista ou neurocirurgião, que interpretará os resultados dos exames e indicará o tratamento adequado com base no tipo, localização e estágio do tumor.

Como é o tratamento de Gliomas?

O tratamento de gliomas é individualizado e depende de vários fatores, como o tipo de glioma, sua localização, tamanho, grau de agressividade e a saúde geral do paciente. As opções de tratamento incluem:

  1. Cirurgia: A cirurgia é frequentemente realizada para remover o máximo possível do tumor. O objetivo é aliviar os sintomas, reduzir a pressão intracraniana e obter uma amostra de tecido para análise patológica. No entanto, a remoção completa nem sempre é possível, especialmente em tumores localizados em áreas delicadas do cérebro.
  2. Radioterapia / Radiocirurgia: Envolve o uso de radiação de alta energia para destruir as células tumorais e reduzir o crescimento do glioma. Pode ser administrada após a cirurgia para eliminar células tumorais remanescentes ou como tratamento primário em casos em que a cirurgia não é viável. A radioterapia também pode ser usada para aliviar os sintomas em estágios avançados do glioma.
  3. Quimioterapia: A quimioterapia utiliza medicamentos antineoplásicos para combater as células tumorais. Pode ser administrada por via oral ou intravenosa. A quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e/ou radioterapia, especialmente em gliomas de alto grau, como glioblastomas. Novas abordagens terapêuticas, como a quimioterapia intratecal, que é injetada diretamente no espaço ao redor do cérebro e medula espinhal, também estão sendo estudadas.

Além dessas opções, ensaios clínicos podem ser considerados para pacientes com gliomas avançados, buscando novas terapias e abordagens em desenvolvimento.

É fundamental que o tratamento seja discutido com uma equipe médica multidisciplinar especializada em oncologia e neurocirurgia, que levará em consideração o quadro clínico individual e as opções terapêuticas mais adequadas para cada paciente.

O Dr. Vítor Hugo Pereira é neurocirurgião e realiza o diagnóstico e tratamento de Gliomas. Entre em contato e agende a sua consulta!

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