Avanço no Parkinson: como a cirurgia oferece nova esperança
Postado em: 03/02/2025
A Doença de Parkinson é uma condição neurológica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Embora ainda não exista cura definitiva, os avanços na medicina, especialmente no campo da neurocirurgia, têm trazido esperança renovada para pacientes que enfrentam os desafios dessa doença.
Entre as inovações mais promissoras está o uso de técnicas cirúrgicas modernas que podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos portadores de Parkinson.
As opções cirúrgicas oferecem uma alternativa para pacientes cuja resposta ao tratamento medicamentoso já não é satisfatória.
Este artigo explica como a cirurgia tem se consolidado como uma aliada no combate aos sintomas do Parkinson. Continue a leitura para saber mais!
Opções cirúrgicas para o parkinson
Quando os medicamentos não oferecem mais o alívio necessário dos sintomas, a cirurgia se apresenta como uma alternativa valiosa para pacientes com “Doença de Parkinson“.
Dentre os procedimentos disponíveis, a estimulação cerebral profunda (DBS, na sigla em inglês) é uma das técnicas mais utilizadas e bem-sucedidas.
A ECP (na sigla em português) envolve a implantação de eletrodos em regiões específicas do cérebro, conectados a um dispositivo semelhante a um marca-passo.
Este equipamento envia impulsos elétricos controlados para modular a atividade cerebral anormal associada ao Parkinson.
Essa técnica é especialmente indicada para pacientes com tremores intensos, rigidez ou movimentos involuntários severos que comprometem a realização de atividades diárias.
O alvo para implante do eletrodo geralmente é o núcleo subtalâmico (STN), porém pode ser implantado em outro núcleos como o GPi (globo pálido interno) ou no tálamo, a depender dos sintomas e condições do paciente.
Além da ECP, outra abordagem cirúrgica é a talamotomia, um procedimento que destrói pequenas áreas do tálamo cerebral para reduzir os tremores.
Embora menos comum, essa técnica pode ser recomendada em casos específicos, especialmente quando o tremor é o principal sintoma e não responde adequadamente à medicação.
Benefícios da estimulação cerebral profunda
Os benefícios da ECP podem ir muito além da redução de sintomas.
Estudos apontam que a técnica é capaz de oferecer melhorias em várias áreas da vida do paciente, incluindo:
- Auxílio no controle motor: Pode envolver redução de tremores, rigidez e lentidão dos movimentos.
- Contribuições emocionais: Contribuição para quem tem depressão e ansiedade, comuns entre pacientes com Parkinson.
- Diminuição da necessidade de medicamentos: Em muitos casos, o procedimento permite reduzir as doses de remédios e, consequentemente, os efeitos colaterais associados a eles.
No entanto, é importante ressaltar que a ECPnão é uma cura para o Parkinson e não interrompe a progressão da doença, além de não ser indicada para todos os pacientes.
O objetivo é proporcionar maior controle dos sintomas, oferecendo uma vida mais funcional e confortável para o paciente.
Quem pode se beneficiar da cirurgia?
Nem todos os pacientes com Parkinson são candidatos ideais para cirurgia.
Geralmente, os médicos recomendam a ECP para pessoas que:
- Não respondem bem aos medicamentos: Pacientes que não obtêm alívio satisfatório com os tratamentos convencionais.
- Estão em condições de saúde adequadas: A cirurgia envolve riscos, e é importante que o paciente tenha condições de suportar o procedimento.
- Apresentam boa resposta ao uso da levodopa.
O acompanhamento rigoroso antes e depois do procedimento é essencial para garantir os melhores resultados possíveis.
Essas são algumas das considerações importantes quando o assunto é a cirurgia como opção diante da “Doença de Parkinson“. Espero que o conteúdo tenha ajudado!
Para mais informações, você pode visitar meu site ou entrar em contato para marcar uma consulta!
Dr. Vítor Hugo Pereira
Neurocirurgião Funcional – Especialista em Dor
CRM-AL: 6520
RQE: 4539 / 4744
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